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O descaso e o desconhecimento dos brasileiros para com a arte e os artistas nacionais são mostrados com bom humor, ao mesmo tempo em que se conta a história do pintor Carlos Oswald (1882/1971). Encontram-se suas obras em instituições culturais, igrejas, palácios e monumentos, como, por exemplo, o Cristo Redentor no Rio de Janeiro. São esses locais que comprovam o crédito ao artista, permitindo investigar e mapear a extensão do descaso em relação ao patrimônio cultural. É uma reflexão sobre o papel do cidadão em sua relação com a cidade e também sobre as conseqüências da intervenção urbana de um artista. As instituições gestoras de cultura devem por isso oferecer sustento à presença da arte, imperceptível ou não, no cotidiano do país. O pintor Carlos Oswald é personificado pelo ator Fernando Eiras, também presente na 30ª Mostra como o protagonista de Incuráveis. O diretor de fotografia Mário Carneiro, um dos mais longevos profissionais da área no cinema brasileiro, foi colaborador recorrente de Joaquim Pedro de Andrade, homenageado com retrospectiva completa na 30ª Mostra.