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Lan Yu é o nome do protagonista de Beijing Gushi (História de Pequim), o primeiro romance gay chinês que apareceu na Internet, em 1996, atraindo uma grande audiência em todo o país. Seu autor assinava com o pseudônimo “Beijing comrade” (camarada de Pequim; “camarada” é uma gíria contemporânea local para “gay”). Durante dez capítulos, seu autor narrou a história de amor entre Chen Handong, um rico empresário, e Lan Yu, um estudante de arquitetura que, em 1988, chega a Pequim sem um tostão no bolso. Disposto a ficar na cidade, Lan Yu aceita a sugestão de Liu Zheng, que acabou de conhecer, para passar uma noite com o dono de um clube gay. Ali, no entanto, encontra Chen Handong, que o leva para casa. Começa assim um relacionamento conturbado, que coloca em questão a sexualidade de ambos. “É muito difícil ser um gay assumido na China e muito mais difícil discutir temas gays em público. Espero que o público veja meu filme como um romance realista sobre dois gays chineses com atitudes diferentes em relação à sexualidade e a eles mesmos”, disse o diretor Stanley Kwan antes da apresentação do filme em Cannes, este ano.