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Grimur foi um menino feliz. Até o dia em que uma catástrofe matou toda a sua família – um acontecimento que ele havia antecipado através dos desenhos que fazia, cujo significado na época lhe escapava. Aos 40 anos, Grimur transformou-se num homem solitário, levando uma vida isolada, uma espécie de exílio auto-imposto. Da criança capaz de prever o futuro, ele passou a uma vida adulta assombrada por visões, todas elas ligadas a um passado com o qual não consegue lidar. Decidido a romper este círculo vicioso, passa a conviver com pessoas totalmente diferentes, uma atitude que pode levá-lo à reconciliação consigo mesmo. Começa a freqüentar aulas de desenho, onde intriga seus colegas com suas versões muito peculiares dos modelos nus. Envolve-se romanticamente com a professora e ela engravida – o que desencadeia um processo agudo de auto-questionamento. É um processo turbulento, ao final do qual alguma felicidade poderia aguardá-lo, se ele puder enfrentar seus medos.