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Em 1985, a cineasta Tetê Moraes foi ao Rio Grande do Sul para acompanhar a história de algumas das 1.500 famílias que ocuparam a fazenda Annoni. Tratava-se da primeira grande apropriação de terras improdutivas do então recém-criado Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A experiência rendeu o aclamado filme Terra para Rose, título que homenageia uma das ocupantes da fazenda. Cerca de quinze anos depois, a diretora Tetê Moraes retornou ao local para averiguar o que havia acontecido com essas famílias, realizando um relato emocionante de seu reencontro com aqueles que fizeram parte do documentário anterior. Ela pôde, então, registrar a maneira com que aquele sonho havia se tornado em realidade, mostrando como aquelas pessoas se organizaram em associações ou cooperativas. A produção foi feita inicialmente em vídeo, em 1996, e ganhou o prêmio Margarida de Prata, da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB). Com novos recursos, no ano passado, foi realizada esta versão em 35mm, que obteve excelente repercussão da crítica.