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Numa primeira leitura, Padre Nuestro é um drama cheio de suspense sobre identidade roubada. Mas num grau mais profundo, é um filme sobre relações familiares e a natureza ambígua da moralidade. No coração do filme está um labirinto visceral de enganos e esperanças frustradas de Nova York, um lugar em que a maioria das pessoas vem de fora e onde a família se define por relações não baseadas no sangue, mas em experiências compartilhadas e na necessidade de conexão. Juan e Pedro se conhecem num trailer cheio de imigrantes mexicanos sem documento. Pedro mostra a Juan uma carta lacrada que sua mãe, agora falecida, deu-lhe como forma de conhecer seu distante pai. Ele gaba-se para seu novo amigo que o pai, Diego, trocou o México por Nova York há muitos anos e se tornou um abastado dono de restaurante, que certamente se alegrará ao saber da chegada do filho que sempre quis. Mas Diego, na verdade, é apenas um miserável lavador de pratos, que rejeita o filho imediatamente. É quando os dois jovens encontram algo que não procuravam, mas de que precisam.