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Mais recente filme do consagrado diretor sueco, Sarabanda é uma espécie de capítulo conclusivo de uma autobiografia cinemática.O filme retoma o clássico Cenas de um Casamento, de 1974, numa seq√ºência atemporal e com os protagonistas 30 anos mais velhos. Marianne e Johan, separados no filme anterior, voltam aos velhos temas bergmanianos: as tensões nos relacionamentos e a rotina destrutiva, cuja inspiração remonta às brigas e discussões dos pais do diretor e que se repetiram em sua complicada vida sentimental, com cinco casamentos e, pelo menos, oito filhos. Os personagens vividos pelos mesmos atores de Cenas de um Casamento, Liv Ulmann e Erland Josephson, voltam a se encontrar num romance outonal que será assombrado pela presença de uma outra mulher. Ela se chama Anna, título inicial de Sarabanda, um projeto antigo do diretor num resumo de temas recorrentes em sua extensa filmografia: a morte, o amor, o ódio, o rancor e a difícil convivência entre amantes, marido e mulher, pais e filhos e até mesmo entre as pessoas de um modo geral. O filme fez parte da seleção do Festival de Veneza 2003, mas Bergman o retirou da grade do festival, sob a justificativa de que não estava satisfeito com seu aspecto visual.