26/10/2024
Neste domingo (27), a Mostra exibe o filme “Cine-Olho” (1924), título que comemora 100 anos em 2024. Dirigido pelo cineasta soviético Dziga Vertov, a sessão única do filme acontece na Cinemateca Brasileira, às 17h20, e será acompanhada do curta-metragem “Kino-Pravda Nº 20” (1924), também de Vertov, e de uma conversa com Luis Felipe Labaki.
Nascido em 1896, em Bialystok, Grodno Governorate, Império Russo —hoje Podlaskie, Polônia—, Dziga Vertov foi um pioneiro e vanguardista soviético em documentários e cinejornais, além de teórico do cinema.
Entre seus trabalhos, está “Kino-Pravda”, uma série de 23 cinejornais em que se construíram seus futuros métodos cinematográficos. Além do legado na linguagem, na técnica e na teoria do cinema, fez filmes como “A Sexta Parte do Mundo” (1926), “Um Homem com uma Câmera” (1929), “Entusiasmo - Sinfonia de Donbass” (1931) e “Réquiem a Lenin” (1934). Vertov faleceu em Moscou em 1954, aos 58 anos de idade.
Exibido na 48ª Mostra, “Cine-Olho” é um documentário mudo, um poema cinematográfico que promove as alegrias da vida em uma vila soviética. Com esse filme, Vertov colocou em prática o conceito do cine-olho. Segundo ele, o olho da câmera era capaz de mostrar a verdade melhor do que o olho humano, por meio de montagens de fragmentos que contraem e expandem o tempo e permitem a visão por ângulos diferentes.
Já o curta “Kino-Pravda Nº 20” acompanha os Pioneiros, uma organização juvenil obrigatória na URSS para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.
Sessão especial Dziga Vertov, com “Cine-Olho” e “Kino-Pravda Nº 20”
27 de outubro (domingo), às 17h20.
Cinemateca Brasileira - Sala Grande Otelo. Largo Sen. Raul Cardoso, 207, Vila Clementino.